Heronildo Martins de Vasconcelos, 45 anos, foi preso suspeito de matar Aline Silva Dantas, 19, em Alumínio (SP). Desaparecida em 8 de setembro, depois de sair de casa para comprar fraldas para a filha de 1 ano, Aline foi achada morta em uma área de mata três dias depois. O corpo estava queimado.
Preso em casa, Heronildo foi apresentado à imprensa na quarta-feira (2) e negou o crime. Ao ser conduzido da delegacia para um presídio, Heronildo cuspiu no rosto de uma repórter que fazia cobertura no local – ela revida e bate nele com o microfone.
Por segurança, a Polícia Civil não informou para qual unidade prisional Heronildo foi levado. Ele foi indiciado por estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A polícia já pediu a prisão temporária de 30 dias dele.
DNA ajudou
O suspeito foi identificado com ajuda de exames de DNA. Exames mostraram que Aline foi estuprada antes de ser morta. Ela ainda tentou se defender e o material recolhido embaixo das unhas de Aline e no órgão sexual dela ajudaram na comparação de DNA.
“A nossa investigação afunilou nele desde praticamente o início. Os indícios apontavam para ele e os laudos vieram para complementar o que praticamente estava comprovado. Tratamos o crime como elucidado”, diz a delegada Luciane Bachir, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba.
Aline não conhecia Heronildo. Para a polícia, foi um crime de oportunidade, que não foi premeditado. “Ele estava lá e, por acaso, viu a vítima, teve a oportunidade e cometeu. No dia seguinte, voltou para ocultar o cadáver”, diz o delegado Marcelo Carriel, que também auxiliou no caso.
No mesmo dia que Aline desapareceu, ele estava em um velório, de onde furtou um litro de álcool em gel. Para a polícia, ele usou o material para atear fogo ao corpo da vítima.
Hoje desempregado, Heronildo já trabalhou como porteiro e tem dois filhos, de 10 e 19 anos. Ele tem passagem na polícia por tentativa de estupro em 2012. “O crime foi do mesmo modo do que foi da Aline. A vítima estava andando e foi atacada por ele”.