Eduardo Sobreira Moraes, suspeito de participação na morte do advogado Rodrigo Crespo ocorrida no Centro do Rio em 26 de fevereiro, foi nomeado para um cargo no Departamento de Patrimônio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) três dias após o crime, em 29 de fevereiro. A nomeação foi assinada pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacelar, e pelo primeiro secretário da casa, deputado Rosenverg Reis. No entanto, a assessoria de Bacelar informou à GloboNews que a nomeação de Moraes foi posteriormente anulada.
Investigações apontam que Moraes é suspeito de ter monitorado Crespo no dia do assassinato. A polícia está em busca de dois indivíduos suspeitos de envolvimento no homicídio, incluindo o segundo suspeito, Leandro Machado da Silva, um PM que teria alugado os carros utilizados no crime. Leandro é conhecido por trabalhar para Vinícius Pereira Drumond, filho de Luizinho Drumond, um falecido contraventor ligado ao jogo do bicho. A Justiça do Rio ordenou a prisão de ambos os suspeitos, Eduardo e Leandro, mas negou a ordem de busca e apreensão na residência de Vinícius Drumond.
A relação entre Eduardo Sobreira Moraes e alguns parlamentares da Alerj, bem como seu histórico de trabalho para deputados da assembleia, foram observados durante a investigação. A Alerj, quando procurada, não emitiu comentários sobre o caso.