TCU mantém salário de deputado preso no caso Marielle Franco

TCU rejeita pedido para suspender salário do deputado Chiquinho Brazão, preso sob suspeita de mandar matar Marielle Franco.

Mesmo que um parlamentar seja preso, ele ainda continua recebendo o salário - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou o pedido do Ministério Público para suspender o salário do deputado federal Chiquinho Brazão. A decisão foi tomada na quarta-feira, 17, depois de uma solicitação feita pelo subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado no mês anterior.

O subprocurador havia pedido que a Câmara dos Deputados interrompesse o pagamento de Brazão durante sua prisão. No entanto, o TCU decidiu pelo arquivamento do processo alegando que os requisitos de admissibilidade não foram atendidos. O documento também destacou a falta de provas de ilícitos por parte dos gestores da Câmara dos Deputados, enfatizando que a decisão de suspender salários cabe ao departamento pessoal da Câmara.

De acordo com os regulamentos da Câmara, mesmo que um deputado esteja preso, seu mandato é mantido, permitindo que continue a receber seu salário. Para o caso específico de Brazão, que está sob investigação pela possível participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, a questão da perda de mandato está sendo analisada pelo Conselho de Ética.

O relator do caso no TCU, ministro Aroldo Cedraz, mencionou que qualquer ajuste salarial de Brazão deveria ser administrado pela Câmara, baseando-se em sua presença nas sessões plenárias deliberativas. Chiquinho Brazão foi detido em 24 de março, acusado de ser o mandante dos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes.