GUARATINGA, BA – A morte de Hyara Flor Santos Alves, adolescente cigana de 14 anos, ganhou esclarecimentos após investigações da Polícia Civil da Bahia. Concluído ontem (10) e encaminhado à Justiça nesta sexta-feira (11), o inquérito aponta que o disparo fatal partiu do cunhado da vítima, uma criança de apenas 9 anos. Os dois brincavam com a arma no quarto da jovem quando ocorreu o acidente.
A Polícia Civil baseou suas conclusões em laudos periciais, análise de 16 depoimentos, dentre eles de duas crianças, que falaram sob supervisão do Ministério Público da Bahia. Além disso, mensagens de celular e postagens em redes sociais também foram revisadas durante a investigação.
A responsabilidade sobre a pistola envolvida se voltou para a sogra de Hyara, que foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo. Outro membro da família, o tio da adolescente, foi indiciado por ter efetuado disparos contra a residência do casal em uma ocasião anterior.
Quanto ao ex-companheiro da vítima, apreendido no Espírito Santo, seu depoimento foi colhido via vídeo conferência. Sua futura situação na internação socioeducativa será decidida pelo Ministério Público e Judiciário.
Retrospectiva do caso
Em 6 de julho, Hyara Flor, de 14 anos, foi alvejada no queixo dentro de sua própria residência. Socorrida, foi levada ao Hospital Municipal de Guaratinga, mas infelizmente não sobreviveu. Uma pistola calibre 380, acompanhada de dois carregadores e munições, foi localizada no imóvel e encaminhada para perícia.
Resultados de necropsia revelaram que a jovem asfixiou com o próprio sangue, ocasionando sua morte. Vale destacar que o crime sucedeu apenas 45 dias após o casamento de Hyara com outro adolescente cigano de 14 anos, que se encontra detido no Espírito Santo.
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