Três dos cinco mortos na queda de avião em São Paulo são baianos; conheça as vítimas

Cinco funcionários da empresa Abaeté Aviações, de Salvador, morreram após a queda de um avião no interior de São Paulo. As vítimas foram identificadas.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Cinco pessoas morreram após a queda de um avião de pequeno porte, na noite de quarta-feira (23), em Santa Branca, cidade localizada na região do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. O acidente aconteceu durante uma forte tempestade. Todas as vítimas eram funcionárias da empresa de táxi aéreo Abaeté Aviações, que tem sede em Salvador, na Bahia, e prestava serviços de fretamento e transporte aeromédico.

A aeronave decolou de Florianópolis (SC) às 16h51 e tinha como destino final Salvador (BA), com uma parada programada para abastecimento em Belo Horizonte (MG). A bordo estavam o comandante, copiloto, mecânico, médica e enfermeiro, que retornavam de uma operação em Santa Catarina. Infelizmente, a aeronave caiu em Santa Branca antes de realizar a parada prevista.

As vítimas foram identificadas como:

  • Jefferson Rodrigues Ferreira, o comandante da aeronave, natural de Guanambi, no sudoeste da Bahia. Jefferson tinha 13 anos de experiência como piloto e acumulava mais de 5 mil horas de voo. Ele era casado e não tinha filhos. Sua trajetória profissional era marcada pela dedicação à aviação, atuando em diversas empresas de táxi aéreo até chegar à Abaeté Aviações, onde trabalhava há alguns anos.
  • Sylvia Rausch Barreto, médica que estava a bordo do voo, nasceu em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Sylvia estudou o ensino médio em Salvador, no Colégio Gregor Mendel, e se formou em medicina em 2020 pelo Centro Universitário Unifas (Unime). Além de seu trabalho na área de saúde, ela também era sócia de uma empresa que prestava serviços de manutenção de celulares e computadores em Salvador. Sua morte foi lamentada pelo Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), que emitiu nota expressando condolências e pedindo agilidade nas investigações sobre o acidente.
  • Dulcival da Conceição Santos, copiloto do voo, tinha 39 anos e nasceu em Simão Dias, cidade localizada a 105 km de Aracaju, em Sergipe. Ele se mudou para Salvador, onde iniciou sua formação e carreira na aviação. Dulcival morava no bairro da Boca da Mata e, assim como o comandante, não tinha filhos. Amigos e colegas o descreveram como um profissional comprometido e apaixonado pela aviação.
  • Joseilton Borges, mecânico de 53 anos, era morador de Itapuã, um dos bairros mais tradicionais de Salvador. Joseilton era casado e pai de duas filhas. Ele trabalhava na Abaeté Aviações há cerca de três anos, mas possuía uma vasta experiência de 17 anos como mecânico de aeronaves. Além de sua profissão, Joseilton era dirigente do Sindicato dos Aeroviários da Bahia, sendo uma figura ativa nas lutas trabalhistas da categoria. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB Bahia) lamentou profundamente sua morte em uma nota, ressaltando seu papel na defesa dos direitos dos trabalhadores.
  • Erisson Silva da Conceição Cerqueira, enfermeiro de 34 anos, também morava em Salvador. Ele era casado, mas não tinha filhos. Poucas informações adicionais foram divulgadas sobre Erisson, mas sua morte também foi lamentada por colegas de profissão e pela Abaeté Aviações, que destacou o trabalho dedicado de todos os profissionais a bordo.

O Corpo de Bombeiros informou que a área onde o avião caiu foi isolada logo após a chegada das equipes de resgate. O comandante do Corpo de Bombeiros da região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Major Paulo Reis, afirmou que as operações de resgate tiveram que ser suspensas durante a noite devido à baixa visibilidade, sendo retomadas na manhã seguinte. “Infelizmente, não houve sobreviventes”, disse o major.

Os corpos serão encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), onde passarão por autópsias. As investigações sobre as causas do acidente estão sendo conduzidas pela Polícia Técnica Científica e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A empresa Abaeté Aviações declarou em nota que está oferecendo todo o suporte necessário às famílias das vítimas e colaborando com as investigações. “Estamos profundamente entristecidos com a perda de nossos colegas e amigos. Neste momento de dor, nosso foco está em acolher as famílias e prestar toda a assistência possível”, afirmou a empresa.