O restaurante 33 Steakhouse, em Salvador, está envolvido em mais de 20 casos de assédio sexual, além das primeiras denúncias feitas por adolescentes. O suspeito é Pedro Miguel, um dos sócios do estabelecimento, que foi afastado das atividades da empresa. As novas denúncias partiram do relato da publicitária Paloma Portela, de 37 anos, e da advogada Judith Cerqueira, de 24 anos, irmã de uma das vítimas, o que encorajou outras mulheres a denunciarem o agressor.
Cíntia (nome fictício), de 35 anos, foi uma das vítimas que relatou sua história ao jornal. Ela contou que em 2020 estava jantando com duas amigas no restaurante quando Pedro Miguel, apresentando-se como sócio, sentou-se perto delas e começou a abordá-las, oferecendo um convite para ir à sua casa e passear de lancha. Mesmo com a recusa, segundo ela, o suspeito pediu seu número de telefone.
Verônica (nome fictício), de 42 anos, também foi vítima de Pedro Miguel. Ela foi ao restaurante sozinha em março de 2020, e o suspeito pediu licença para sentar em sua mesa. Ela recusou o pedido, mas ele insistiu e tentou convencê-la a trabalhar para ele. Quando ela disse que não estava interessada, ele tentou passar a mão em uma de suas pernas. Verônica jogou gin na cara dele e o ameaçou de chamar a polícia.
De acordo com o jornal, o empresário não desistiu e persistiu no assédio. Ele botou a mão em suas partes íntimas e fez gestos obscenos, mesmo após ser ameaçado. A Polícia Civil informou que o autor do crime já foi intimado e será ouvido na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
