Vizinho confessa ter matado menina encontrada dentro de saco plástico em Salvador

Joseilson Souza, morador de Pernambués, admitiu ter matado Aysha Vitória, de 8 anos. Polícia encontra sandálias e boneca da vítima em sua casa.

Um morador da Travessa São Jorge, no bairro de Pernambués, em Salvador admitiu ter assassinado Aysha Vitória, de oito anos, na madrugada desta terça-feira (23). Identificado como Joseilson Souza da Silva, de 43 anos, o suspeito reside na área há pouco mais de um ano e mudou-se para a travessa há três meses, segundo fontes policiais. No entanto, a Polícia Civil ainda não confirmou oficialmente a identidade do suspeito, citando a Lei de Abuso de Autoridade.

A mãe de Aysha foi a primeira a suspeitar do vizinho. A Polícia Civil encontrou as sandálias da menina no telhado da casa de Joseilson e uma boneca dela atrás da geladeira. Ele foi preso, mas houve uma tentativa de linchamento, e a polícia precisou disparar tiros para o alto para dispersar a multidão.

Joseilson foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde está sendo interrogado. Os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) ajudarão a esclarecer a causa da morte. Equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) também participaram da ação.

Aysha foi vista pela última vez ao sair de casa em direção à residência da avó, que fica na mesma rua. Ela era uma das cinco crianças da família. A Polícia Civil e o Departamento de Polícia Técnica realizaram a perícia e remoção do corpo. Há suspeitas de violência sexual, mas a confirmação depende de exames periciais. A menina estava com as mãos amarradas para trás e de bruços, a cerca de dez metros de sua casa.

A tia de Aysha, que preferiu não se identificar, relatou que a menina desapareceu na porta de casa e não costumava sair sozinha. “Ela foi vista pela última vez às 17h, aqui mesmo na Travessa São Jorge. Às 4h40 da manhã, ouviram um barulho e encontraram o corpo. A mãe, desesperada, começou a gritar,” disse a tia.

Ela também descreveu as lesões visíveis no corpo da criança. “Havia hematomas na lombar e uma possível lesão no pescoço. Encostei o dedo para ver se ela respirava, mas já estava morta,” completou a tia.