No último domingo, 31 de março, marcando os 60 anos do golpe militar de 1964, diversos ministros do atual governo brasileiro recorreram às redes sociais para refletir sobre a data e expressar seu repúdio à ditadura que assolou o Brasil por 21 anos.
Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, utilizou a rede X para questionar “Por que ditadura nunca mais?”, enumerando características essenciais de um país democrático e livre de autoritarismo, como desenvolvimento social e econômico, soberania nacional, democracia institucional e cultural, prevalência da verdade e justiça, e a repulsa à tortura e a grupos de extermínio. Ele concluiu sua publicação com uma citação de Ulysses Guimarães, expressando aversão à ditadura.
Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, também se manifestou, destacando a importância da esperança e coragem para superar o ódio e autoritarismo, e enfatizando a defesa contínua da democracia.
Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, expressou solidariedade às vítimas do regime, reforçando a importância de jamais esquecer ou permitir o retorno de uma ditadura.
Camilo Santana, ministro da Educação, reiterou a importância de lembrar e repudiar o período ditatorial para que ele nunca mais se repita, destacando o valor inestimável da democracia.
Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, prestou homenagem às vítimas nominais da repressão, como Rubens Paiva, Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho, todos torturados e mortos pela ditadura.
Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, abordou a necessidade de reflexão sobre a reparação do Estado pelos atos cometidos contra os povos indígenas durante a ditadura, caracterizando o período como um genocídio cultural e físico.
Jorge Messias, ministro na Advocacia-Geral da União, homenageou a ex-presidente Dilma Rousseff, destacando sua dedicação à democracia.
Dilma Rousseff, por sua vez, defendeu a importância de manter viva a memória histórica sobre o golpe para evitar a repetição de tais tragédias.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, sem mencionar diretamente a ditadura, associou a celebração da Páscoa aos valores democráticos, sublinhando a importância da democracia e da liberdade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista, mencionou a importância de avançar para além da memória da ditadura, apesar de reconhecer as cicatrizes históricas e a necessidade de esclarecimento sobre os desaparecidos.