“A falta do colírio que custa 150 reais trará danos irreversíveis à visão”, relata Evinha, que apela pelo pagamento à clínica

Dívida de R$ 500 mil da prefeitura interrompe tratamento de glaucoma, deixando pacientes desamparados em Paulo Afonso.

PAULO AFONSO – De acordo com a vereadora Evinha (Solidariedade), são 12 anos nos quais a clínica Oftalmodiagnose faz a distribuição gratuita do colírio para tratar o glaucoma, doença progressiva que, infelizmente, sem o tratamento adequado ou descontinuado, finda na perda da visão.

A clínica mandou toda a documentação aos vereadores para explicar o porquê da paralização dos atendimentos. A causa é conhecida da Casa: falta do pagamento por longo período das notas pela prefeitura. Exatamente 6 meses, somando 500 mil reais em acúmulo.

“Está interrompido tanto o atendimento médico quanto à distribuição do colírio. São centenas de pacientes aqui em Paulo Afonso que ficaram sem o tratamento, porque a prefeitura comunicou à clínica que o contrato está encerrado”, relata a vereadora.

A prefeitura alega que não existe mais tempo para renovar o contrato, prossegue Evinha: “A gente sabe que essa não renovação tem a ver com dívidas, e não com o tempo, a prefeitura deve quase 500 mil reais em notas emitidas desde maio. Um serviço tão essencial e regulado por meio de portaria, um recurso que vem diretamente do governo federal e que chegou à conta da prefeitura todos os meses, porém, simplesmente não repassado à clínica. Agora, encerra de forma cruel, porque vários desses pacientes não podem comprar o colírio que custa 150 reais.”

“A prefeitura não cuidou da população no básico; não cuidou da limpeza, nem das praças, não cuida na essência”, acrescenta. “Hoje, eu faço um apelo a Lívia: não deixe a população à mercê da própria sorte, cuide da população, faça o recredenciamento, faça o que for possível, não deixe que nenhum cidadão perca a visão, vítima de descaso, e com um pagamento que já está na conta”, resume Eva.

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