A vereadora Evinha Oliveira (Solidariedade), propôs uma sessão especial para tratar a violência doméstica e familiar, em referência ao ‘Agosto Lilás’ que aborda o tema. A Câmara aprovou por unanimidade há cerca de duas semanas, e realizou-a na manhã desta quinta-feira (26).
Evinha convidou a assistente social Elaine Soares Silva, a comandante do programa Ronda Maria da Penha, subtenente Elisângela de Lima Souza e a empreendedora Manu Siqueira, dona de uma clínica de estética.
No decorrer da exposição de cada convidada, da própria vereadora, a constatação de como o refúgio e o conforto do lar se tornou justamente o lugar mais perigoso para mulheres que sofrem violência, especialmente no período pandêmico.
E por isso mesmo a importância de políticas públicas que deem autonomia financeira a elas; uma rede de proteção com profissionais capacitados e disposição de equipamentos como abrigos para ampará-las e, por fim, educação em nível escolar desde logo para as crianças sobre a Lei Maria da Penha, “meninos e meninas”.
“Além da lei é preciso ter a consciência. Então a lei é boa, mas é preciso cumprir. A gente ensinando as nossas crianças, acabamos com essa cultura de achar que a agressão é um direito do homem. Acontece durante o depoimento de alguns agressores, quando eles acham que sim, que têm o direito à agressão porque se trata da esposa dele. Por isso eu vou apresentar um projeto para que se discuta a Lei Maria da Penha nas escolas”, avaliou Evinha.
A parlamentar disse que é comum tratarem necessidades ligadas às mulheres como coisa sem valor e que recebeu críticas quando propôs que a prefeitura colocasse absorventes nas cestas básicas.
“Várias pessoas – homens a maioria-, disseram que era “besteira”. Pergunte a mulher que não tem como sair de casa porque está menstruada e não tem absorvente?, a gente precisa parar de invalidar a fala de quem está vivendo esses processos. ”
Evinha disse que fez várias postagens em referência ao Agosto Lilás e muitas mulheres a procuraram para relatar que sofreram violência psicológica dentro das repartições públicas. “Muitas vezes a pessoa tem um chefe, uma pessoa indicada, que violenta moralmente quem trabalha com ele.”
“Meu intuito foi esse, chamar atenção para a violência contra a mulher, e que seja assim durante o ano inteiro, que não esperemos até agosto do ano que vem.”