Em uma operação conduzida pela Polícia Federal no Distrito Federal nesta quinta-feira, um adolescente de 17 anos foi identificado como o autor da recente invasão da conta da primeira-dama, Janja Lula da Silva, na rede social X, antigo Twitter. Os mandados de busca e apreensão, executados em dois endereços distintos, trouxeram à tona novos detalhes sobre o caso que tem chamado a atenção do país.
Detalhes do caso
O jovem, cuja identidade permanece protegida devido à sua menoridade, prestou depoimento à Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, em Brasília. De acordo com informações obtidas pela GloboNews, os mandados foram cumpridos em duas residências: a da mãe do adolescente, localizada em Sobradinho (DF), e a do padrasto em Santa Maria (DF).
Durante as buscas, o menor confessou espontaneamente aos agentes a autoria do ataque cibernético. Posteriormente, em seu depoimento formal à PF, ele reiterou sua responsabilidade pela invasão da conta da primeira-dama.
O adolescente foi ouvido na condição de informante, uma deferência legal devido à sua idade. Importante ressaltar que, segundo as autoridades, o depoimento por si só não constitui prova cabal, mas será analisado em conjunto com outras evidências coletadas durante a investigação.
A invasão do perfil de Janja Lula da Silva ocorreu por volta das 21h30 da última segunda-feira (11). O invasor, após ganhar controle da conta, realizou postagens ofensivas direcionadas à primeira-dama, ao presidente Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O jovem afirmou ter encontrado informações do e-mail e da senha da primeira-dama por meio de vazamento de dados na internet. Ele confessou ter feito mais de 30 postagens com ofensas a Janja. Ele relatou que não planejou acessar previamente a conta da primeira-dama e que o fez após encontrar os dados dela de maneira casual na internet. Disse ainda que acessou a conta de e-mail e a rede profissional Linkedin da primeira-dama, mas que não realizou alterações e nem analisou ou baixou as conversas e o conteúdo ao qual teve acesso.
O adolescente ainda relatou que seu objetivo era apenas fazer postagens na plataforma X. Afirmou também que está arrependido de ter feito a invasão e que não pensava que o ataque hacker teria tanta repercussão.
Conforme informou Andrei Passos, diretor-geral da Polícia Federal, a conta foi prontamente bloqueada após a invasão, seguindo um pedido da própria PF.
Desdobramentos e investigação
Além do adolescente, um outro suspeito, residente em Minas Gerais, foi interrogado e posteriormente liberado após negar envolvimento no caso. A Polícia Federal investiga agora a possibilidade de uma ação coordenada entre os dois indivíduos identificados.
O caso continua em aberto e as autoridades mantêm diligências para esclarecer completamente o episódio e suas motivações.
