Durante uma entrevista coletiva, o vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que pretende acabar com a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
“Tinha a possibilidade de ser cancelada a redução de 35% do IPI, e conseguimos que isso não fosse incorporado. A próxima meta é acabar com IPI, e acabar com IPI é pela reforma tributária ”, disse.
Alckmin defendeu que a reforma tributária no país seja realizada logo no primeiro ano do novo Governo Lula.
“Sabemos que tudo que é PEC, que demanda mudança constitucional, deve-se fazer no primeiro ano, para aproveitar a legitimidade do processo eleitoral e avançar rápido. A reforma tributária é central. Ela pode fazer o PIB crescer, porque traz eficiência”, afirmou durante um encontro com a diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “(A reforma trabalhista) não é de um governo, nem de oposição. É do país. É de senso comum. É preciso simplificar”, continuou.
O vice-presidente reiterou, durante o discurso para os representantes da indústria paulista, que o presidente Lula não revogará as outras duas reformas, a trabalhista e a previdenciária. “O que pode ser feito é aprimorar”, disse, ressaltando a questão de algumas categorias, como a dos entregadores, que não tem proteção ou seguridade.