Na tarde de quarta-feira (28), o Ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil, anunciou que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estará novamente à frente da segurança pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esta é uma medida crucial para a segurança presidencial no país, sendo uma responsabilidade que afeta diretamente a governança eficaz.
A estrutura de segurança do presidente será de natureza híbrida, compartilhada entre o GSI e a Polícia Federal (PF), como revelado por Rui. “De forma consensual, harmônica, o presidente arbitrou por modelo híbrido, onde todos vão trabalhar — GSI e Polícia Federal — para garantir segurança do presidente, vice-presidente e respectivos familiares”, comentou Rui. A coesão dos órgãos de segurança é fundamental para a eficácia deste novo modelo.
Desde janeiro, a segurança imediata do presidente e seus familiares era conduzida por uma secretaria liderada pelo delegado Aleksander Oliveira, da PF. Esta estrutura de segurança foi criada por Lula e tinha um prazo de seis meses para operar, prazo que se encerra nesta semana.
O modelo de segurança presidencial anterior era composto principalmente por agentes da PF, um padrão estabelecido durante a transição de governo no final de 2022. A nova medida chega em um momento crucial, dado o vencimento da vigência da estrutura anterior.
A decisão de qual órgão deveria liderar a segurança direta do presidente gerou conflitos entre a PF e os militares, que são representados pelo GSI. Para resolver essa tensão, foi decidido um modelo híbrido, que integra tanto militares quanto civis, um arranjo confirmado por Lula em uma reunião com Rui, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), e o ministro do GSI, general Amaro.
Além de Lula, a nova estrutura de segurança também será responsável pela proteção do vice-presidente, Geraldo Alckmin, da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e de seus familiares.
De acordo com Dino, a equipe de segurança será escolhida pelo presidente e pelo vice-presidente. “Haverá militares, haverá policiais federais, eventualmente policiais de estados. É híbrido o modelo aprovado. O GSI terá caráter militar e civil ao mesmo tempo”, explicou Dino.
Em resumo, o retorno do GSI ao comando da segurança presidencial parece ser uma tentativa equilibrada de reconciliar a competência histórica dos militares com a participação efetiva da Polícia Federal, na busca de garantir a segurança do chefe de estado e de sua família.