Um boicote organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o filme “Ó Paí, Ó 2”, dirigido por Lázaro Ramos, trouxe à tona a polarização política no setor cultural brasileiro. O ator e diretor, conhecido por suas posições políticas, se viu no centro de uma controvérsia após expressar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Crescimento da Hashtag
A hashtag #BoicoteLazaroRamos ganhou destaque na plataforma X (Twitter), alcançando os tópicos mais comentados deste sábado, 4. Iniciada por Enzo Momenti, youtuber e ex-candidato a deputado estadual, a campanha de boicote demonstra a persistência de tensões políticas mesmo após o período eleitoral. Em um vídeo amplamente visualizado, Momenti expressa sua admiração pelo primeiro filme, mas repudia a sequência devido às afiliações políticas do diretor.
Efeito nas redes
A tentativa de boicote teve repercussão diversa nas redes sociais. Enquanto alguns se manifestaram a favor da não participação no filme, argumentando uma suposta influência do diretor no cenário político, outros tomaram a movimentação como uma oportunidade para promover o filme, que estreará nos cinemas no dia 23 de novembro.
Reação de Lázaro Ramos
Diante da polêmica, Lázaro Ramos optou por uma resposta irônica em suas redes sociais, sugerindo que o boicote serviu inadvertidamente como um lembrete para a estreia de seu filme. O artista havia anteriormente endossado a candidatura de Lula com o intuito de, segundo suas palavras, “combater o desamor”.
Contexto cultural
“Ó Paí, Ó”, expressão originária do dialeto baiano, foi adaptada como título do filme que retrata o cotidiano de um cortiço em Salvador. A primeira edição lançada há 15 anos e a subsequente, envolvida na controvérsia atual, procuram explorar a identidade cultural e os desafios dos seus moradores.