Uma série de artistas brasileiros que apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral de 2022 expressaram seu descontentamento com os primeiros 100 dias de seu governo. Utilizando a plataforma do Instagram, eles lançaram um vídeo de depoimentos sob o título “Acabou o Clima”, expressando seu desapontamento com as recentes ações políticas do atual presidente.
Mateus Solano, Thiago Lacerda, Sergio Marone, Fe Cortez, Wagner Andrade, Larissa Maciel e Aline Matulja são alguns dos artistas que se manifestaram publicamente. O principal ponto de discordância foi a condução das políticas socioambientais pelo atual governo.
Em um trecho do vídeo, os artistas se referem a um “verdadeiro pacote da destruição”, que inclui a aprovação do Marco Temporal na Câmara, o desmonte da Lei da Mata Atlântica e o enfraquecimento dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.
Pedido de ação popular e apelo direto ao presidente
Os artistas conclamaram a população a pressionar o presidente Lula “para que ele faça a coisa certa e honre o nosso voto”. Planejam entregar uma petição coletando assinaturas diretamente ao presidente durante o mês de junho.
Mateus Solano, em sua postagem, expressou preocupação com o avanço dos interesses dos ruralistas no governo. Ele pediu por uma amplificação do coro popular para manter as políticas ambientais, com o bordão “Políticas Ambientais FICAM”.
Em uma declaração emotiva, Solano destacou a importância do clima para o país, tanto do ponto de vista ambiental como econômico. Ele ressaltou a ameaça ao agronegócio e à produção de alimentos do pequeno agricultor devido a alterações radicais no regime de chuvas e devastação de ecossistemas.
Impacto nas políticas indígenas e ambientais
A crítica dos artistas se estendeu especialmente para as medidas que revogam demarcações dos povos indígenas, apontando o risco que essas mudanças representam para os “verdadeiros guardiões da floresta” e para a fauna e flora do Brasil.
Em meio à celebração do mês do meio ambiente, a petição que será entregue ao presidente serve como um forte apelo para a revisão das políticas socioambientais atuais, e uma chamada para a necessidade de ação imediata para evitar um “desastre” ambiental no Brasil. Os artistas concluem com um chamado à ação, pressionando o presidente a honrar o voto que recebeu da população.