Audiência Pública: aquisição de máquinas aquáticas que trituram baronesas foi a solução para retirar plantas do Rio São Francisco

O prefeito Luiz de Deus, que esteve presente, avaliou que a audiência foi importante para cada órgão entender o papel que deve desempenhar em favor do rio. “Se cada um fizer a sua parte, tenho certeza que vamos conseguir reverter esse quadro”, afirma. Em entrevista, ele relembrou todo o esforço que a Prefeitura de Paulo Afonso vem desempenhando para retirar as baronesas das margens do rio, como no Balneário Prainha.

Devido ao constante problema do surgimento de novas baronesas, onde as plantas aquáticas vêm de outros estados e têm ponto final no lago PA IV, a Prefeitura de Paulo Afonso está buscando alternativas para a limpeza dos espaços públicos. As plantas avançam cada vez mais no rio São Francisco, principalmente nas áreas da região do Vale do São Francisco. Na orla de Petrolina/PE, no sertão pernambucano, as margens já estão cercadas por essas plantas.

De acordo com especialistas e ambientalistas, as baronesas são indicativos de poluição e se proliferam devido ao despejo de esgoto nos rios. Diante desse quadro, Luiz de Deus ressaltou que o empenho somente da Prefeitura não é suficiente e que deverá haver um esforço para que as empresas responsáveis pelo saneamento não joguem os esgotos nas águas. “Desde 2018 estamos travando uma luta contra as baronesas que chegam à margem do rio em nosso município, especialmente na Prainha, um dos nossos cartões postais. A prefeitura desloca homens e máquinas, faz uma força-tarefa, retira as plantas, mas o volume é muito grande e cada vez maior. É preciso que não haja o despejo dos esgotos no rio”, falou.

Pela administração municipal de Paulo Afonso, foram realizadas várias ações, através das Secretarias de Meio Ambiente e Infraestrutura, retirando mais de 30 mil toneladas, somente do Balneário Prainha.

Durante o encontro, os gestores da região ressaltaram o quanto a margem do Velho Chico está sendo afetada. Para o presidente da Câmara de Vereadores de Paulo Afonso, Pedro Macário, a união é o ponto chave para a solução. “A audiência foi bastante proveitosa. Agora, vai ser envolvido uma gama de pessoas para que juntos possamos enfrentar o problema de frente”, enfatiza.

O comerciante Rafael Tenório, que possui um restaurante na Prainha, falou sobre a expectativa da resolução do problema. “Nós que fazemos parte dos comerciantes da Prainha acreditamos que o problema vai ser resolvido, apesar de que, ao passar dos anos, vem aumentando a incidência de baronesas que chegam a margem do rio. Esperamos que a partir de hoje a história mude e todos combatam a poluição do nosso rio”, explana.