Processos contra planos de saúde disparam na Bahia e preocupam consumidores
Os números não mentem: os processos judiciais contra planos de saúde na Bahia subiram impressionantes 62,3% entre 2023 e 2024. Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela um cenário que vai muito além de estatísticas, mostrando como os consumidores estão cada vez mais dispostos a defender seus direitos.
As principais motivações para essas ações judiciais são variadas, mas têm um ponto em comum: o desrespeito ao consumidor. Reajustes abusivos, negativas de cobertura e dificuldades no atendimento médico têm empurrado milhares de pessoas para dentro dos tribunais baianos.
Os números por trás das ações judiciais
Em números concretos, a Bahia saltou de 31.073 processos em 2022 para 50.440 em 2023. Os casos pendentes também cresceram 33,6%, passando de 25.967 para 34.702. Até janeiro de 2024, o estado já contabilizava 35.116 processos contra operadoras de saúde.
O que dizem os especialistas
Segundo a advogada Inaiá Rocha, especialista em direito à Saúde, os motivos são claros: reajustes sem transparência, coberturas restritivas e contratos com letras miúdas. “Os planos de saúde criam barreiras que dificultam o acesso real à saúde”, explica a profissional.
Estratégias das operadoras
Mesmo com o aumento de processos, as empresas continuam lucrativas. Como? Controlando rigidamente custos, negando procedimentos, restringindo medicamentos e limitando redes de atendimento. Uma verdadeira engenharia financeira que coloca o lucro acima do bem-estar do paciente.
Um alerta importante
A especialista ainda faz um alerta sobre uma prática atual: corretores induzindo consumidores a vincular planos familiares a empresas, especialmente para microempreendedores. O resultado? Reajustes abusivos disfarçados de contratos coletivos.
Para quem busca proteção, a mensagem é clara: conheça seus direitos, questione cláusulas suspeitas e não tenha medo de buscar justiça quando seu plano de saúde falhar.