Começa nesta segunda-feira (1º) a primeira etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa na Bahia. A meta da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) é atingir 100% de cobertura vacinal, alcançando as 12,5 milhões de cabeças que compõem o plantel no estado. Rebanhos de bovino e bubalino, de todas as idades, devem ser imunizados contra a doença. A campanha segue até 31 de maio.
Na última etapa, em novembro de 2022, o índice de imunização chegou a 91,6%. De acordo com o diretor geral da Adab, Paulo Sério Luz, os índices de imunização dos animais nas últimas décadas na Bahia sempre ultrapassam os 90%, mínimo exigido pelo Ministério da Agricultura (MAPA).
Apesar de a Bahia estar livre da doença há cerca de 25 anos e possuir o status de Zona Livre de Aftosa Com Vacina, o Coordenador do Programa Nacional de Controle e Vigilância para a Febre Aftosa na Bahia (PNEFA), José Neder, afirma que ainda é necessário avançar e vacinar 100% dos bovinos e bubalinos para que a obrigatoriedade da vacinação seja suprimida com segurança, como ocorreu em outros estados. Ele acredita que, com o status de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, haverá um ganho de R$ 54 milhões, pois os produtores não precisarão mais comprar vacinas.
A Adab reforça a importância do produtor fazer a geolocalização, que já envolveu 80% das 290 mil propriedades rurais com criação na Bahia. Após a vacinação dos animais, o produtor deve fazer a declaração da vacinação, que pode ser realizada através do site da Adab ou em qualquer escritório da Agência. É preciso apresentar a relação de bovinos e bubalinos nascidos, mortos e vacinados, discriminados por quantidade, sexo e idade, juntamente com a nota ou cupom fiscal de compra da vacina.
A atividade agropecuária é responsável por 28% do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, com participação maior que 30% nas exportações brasileiras e 24% na geração de postos de trabalho entre a população economicamente ativa no país. Na Bahia, esse valor correspondeu, em 2022, a 25% do PIB. A ocorrência de Febre Aftosa traz grave retração da economia ao país e ao estado, pois a Bahia figura entre os principais produtores e exportadores de grãos e frutas do Brasil.