Na Bahia, um marco significativo foi alcançado mais uma vez com a nomeação de uma mulher para o posto de governadora interina, destacando o avanço gradual da participação feminina em cargos de liderança política. A Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), assumiu essa posição fundamental na manhã de sábado, dia 11, marcando a terceira vez na história recente que uma mulher ocupa tal cargo no estado.
A cerimônia de posse, que ocorreu no Centro de Operações e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, foi um evento exclusivo para convidados. A posição de governadora que Cynthia Maria ocupa temporariamente é um reflexo da ausência temporária do governador Jerônimo Rodrigues, ainda que o estado nunca tenha eleito uma mulher para o cargo de maneira definitiva. Anteriormente, a Bahia já havia visto mulheres na governadoria interina em 2008 e 2010.
Em 2008, durante a administração de Jaques Wagner, a desembargadora Silvia Zarif foi nomeada governadora interina devido a uma viagem do governador a Nova York. Naquele momento, o vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa estavam impossibilitados de assumir, deixando Zarif como a opção viável. Ela permaneceu no cargo por breves dois dias. Similarmente, em 2010, a Desembargadora Telma Brito assumiu a governadoria quando Wagner esteve na África do Sul, como parte de uma comitiva presidencial durante a Copa do Mundo.
Esses episódios não só destacam as circunstâncias nas quais as mulheres chegaram ao poder, mas também servem como momentos de inspiração para futuras gerações. A repetição deste cenário, com Cynthia Maria Pina Resende assumindo o cargo, reitera o potencial e a capacidade das mulheres no cenário político baiano.
A Bahia continua a ser um palco onde a liderança feminina é demonstrada, ainda que de forma interina, moldando assim um precedente para futuras lideranças permanentes que podem ser ocupadas por mulheres. Com a passagem do tempo e aumento da representatividade, a visão de liderança política na Bahia se expande para incluir vozes femininas poderosas e influentes.