Bancada baiana aprova minirreforma eleitoral com divergências

Alterações na Lei da Ficha Limpa e regras para candidaturas femininas estão entre os pontos controversos

A Câmara dos Deputados deu sinal verde para uma minirreforma eleitoral que pode transformar o cenário político brasileiro. Dos 38 parlamentares baianos, 36 votaram a favor da medida, que busca modificar regras como a Lei da Ficha Limpa e a distribuição de repasses para candidaturas femininas.

A votação foi segmentada em duas etapas. Concluída na quinta-feira, 15 de setembro, contou com os votos contrários dos deputados Capitão Alden (PL) e Raimundo Costa (Podemos).

Divisões internas

Embora a maioria dos votos tenha sido positiva, há pontos de controvérsia. A deputada Lídice da Mata (PSB) acredita que o projeto terá um impacto negativo no processo eleitoral, principalmente em pequenos partidos.

Por outro lado, o deputado Daniel Almeida (PCdoB) vê a proposta como algo que “não terá impacto no processo eleitoral”, mas discorda de alguns detalhes do Projeto de Lei (PL), como o número de vagas nas Câmaras Municipais.

Polêmicas e ajustes

Um dos aspectos mais debatidos é a mudança na Lei da Ficha Limpa, que redefine o período de inelegibilidade para condenados. O deputado Leo Prates (PDT) argumenta que “a regra continua mantida, o que muda é apenas o início do prazo de contagem.”

Outra modificação proposta diz respeito à compra de votos. A nova regra sugere a aplicação de multas em vez de cassação da candidatura, uma mudança que Capitão Alden (PL) vê como um incentivo à corrupção eleitoral.

Próximos passos

O projeto agora segue para o Senado e deve ser votado até o dia 6 de outubro para entrar em vigor nas eleições municipais de 2024.

Mudanças adicionais

  • Candidaturas Coletivas: Permitidas com regras internas do partido.
  • Prestação de Contas: Flexibilização nas regras.
  • Cota Feminina: Alterações na aplicação de punições.
  • Doação via Pix: Novas regras para transparência.