Numa decisão que pode alterar o cenário político brasileiro, Benedito Gonçalves, Corregedor-Geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (27) a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2030. Esta decisão está baseada em discursos antidemocráticos feitos por Bolsonaro, bem como o uso indevido da imagem das Forças Armadas em ataques políticos.
Gonçalves, o juiz responsável pela análise inicial do caso no TSE, usou termos fortes em seu voto. Ele frisou a necessidade de conter as narrativas falsas e violentas que, segundo ele, marcam os discursos de Bolsonaro. Ele afirmou que “não é possível fechar os olhos para discursos antidemocráticos com mentiras e discursos violentos.”
Além disso, o Corregedor criticou a banalização do golpismo e manifestou preocupação com o uso político das Forças Armadas pelo ex-presidente. Esta questão tem gerado ampla discussão, pois o respeito à neutralidade das Forças Armadas é fundamental para a manutenção da democracia.
A ação que corre no TSE, e que tem Gonçalves como relator, pode tornar Bolsonaro inelegível por oito anos. O voto de Gonçalves foi apresentado na noite de terça-feira, marcando o segundo dia do julgamento. A sessão foi então suspensa, com os votos dos outros seis membros do tribunal a serem apresentados na próxima sessão, agendada para quinta-feira (29).