O chocolate Bis, produzido pela Lacta e controlado pela multinacional Mondelez, tornou-se o epicentro de uma disputa política nas redes sociais. O motivo? A contratação do influenciador digital Felipe Neto como seu novo garoto-propaganda.
A ascensão da hashtag
O movimento ganhou tração com a ascensão da hashtag “#BISnuncamais”, uma campanha orquestrada por simpatizantes e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O boicote pede que os seguidores parem de consumir produtos da Lacta. Algumas vozes na internet foram além e sugeriram a troca do Bis pelo KitKat, uma marca concorrente fabricada pela Nestlé.
Primeira aparição
Felipe Neto fez sua primeira aparição como representante da marca em um podcast patrocinado pelo Bis. Posteriormente, ele divulgou o resultado da parceria em suas redes sociais. É importante ressaltar que o influenciador é um crítico notório do antigo governo de Jair Bolsonaro e fez campanha para o presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.
O lado da Lacta
Em nota, a Mondelez esclareceu que a escolha de influenciadores digitais para suas campanhas se baseia exclusivamente na relevância que essas personalidades têm na internet. A empresa afirma não ter qualquer tipo de envolvimento ou preferência política, respeitando a diversidade de opiniões. A Nestlé, por sua vez, optou por não se posicionar sobre o caso, segundo informou à CNN.
O “Conselhão”
Um fato que chama a atenção é o envolvimento tanto de Felipe Neto quanto de Liel Miranda, presidente da Mondelez Brasil, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, também conhecido como Conselhão do governo Lula. O comitê tem como objetivo discutir políticas públicas e propor medidas para fomentar o crescimento econômico, desenvolvimento e equidade social, de acordo com a Secretaria de Relações Institucionais.
Reações divergentes
Enquanto bolsonaristas promovem o boicote, aliados do presidente Lula estão incentivando o consumo do Bis, especialmente em vista do patrocínio da marca à CCXP 2023, um evento anual voltado para o mundo geek que acontecerá em novembro.
Em um cenário cada vez mais polarizado, o chocolate Bis se tornou mais um campo de batalha onde política e mercado se misturam.