Bolsonaro diz estar empenhado em proteger brasileiros na Ucrânia

O presidente Jair Bolsonaro e Vladimir Putin, presidente da Rússia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou pela primeira vez nesta 5ª feira (24) sobre a invasão da Rússia na Ucrânia. Publicou em suas páginas oficiais nas redes sociais mensagem voltada para os brasileiros que estão em solo ucraniano. Não comentou, porém, sobre o mérito da ação nem sobre as declarações do presidente Vladimir Putin.

Estou totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia”, escreveu o chefe do Executivo em seus canais no Telegram e no Twitter. Bolsonaro reproduziu ainda a íntegra da nota publicada minutos antes pelo Palácio do Itamaraty.

O Ministério das Relações Exteriores afirmou no texto que coordena uma operação para retirada da Ucrânia de mais de 100 brasileiros, argentinos e cidadãos de outros países sul-americanos. O espaço aéreo ucraniano está fechado para voos civis desde o início da invasão da Rússia, na madrugada desta 5ª feira (24.fev).

A Embaixada do Brasil em Kiev prepara a lista e a operação local de resgate, de caráter humanitário. Vai requerer estratégia, logística e salvo-conduto de ambos os lados do conflito. A capital ucraniana e outras regiões do país estão sob ataque.

Bolsonaro ainda não havia se pronunciado sobre a invasão do território ucraniano pelas tropas russas. Discursou duas vezes em cerimônias distintas em viagem a São Paulo e não mencionou o assunto. Sem citar o conflito europeu, Bolsonaro concentrou suas críticas ao comunismo e ao socialismo. Também criticou, sem citar nomes, agentes públicos que adotaram medidas restritivas durante a pandemia.

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta 5ª feira (24) que o Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano pelas tropas russas. Deu a declaração a jornalistas no Palácio do Planalto.

“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. É uma realidade”, disse o nº 2 do Executivo.