O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (18) que a proposta de criar uma lei de combate às notícias falsas é uma tentativa de limitar a liberdade de expressão. “Vocês sabem que a liberdade de expressão é essencial se você quer falar em democracia. O Congresso está discutindo aqui, já passou no Senado, está na Câmara, seria a lei das fake news. Acho que é mais uma maneira de botar limites na liberdade de expressão”, disse em encontro com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Bolsonaro acrescentou que uma regulamentação mais rigorosa das redes sociais poderia inibir a livre manifestação de opiniões. Para o presidente da República, na internet não deve haver limites, e quem se sentir prejudicado, deve buscar seus direitos na Justiça.
“Você nunca vai saber qual o limite. Vai virar um terreno onde você vai perder a liberdade. Você não vai mais poder se manifestar sobre nada. E [foi] essa liberdade de expressão, essas mídias sociais, que me botou aqui na Presidência”, disse o presidente.
No fim de junho, o Senado aprovou um projeto de lei com o objetivo de combater a disseminação de informações falsas por meio das redes sociais e serviços de mensagem. O texto agora depende da análise da Câmara dos Deputados.
Separado do grupo de apoiadores que o aguardavam, do outro lado do espelho d’água do Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou, também, a falar da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Ele disse esperar que governadores e prefeitos diminuam cada vez mais as medidas de isolamento social.
Com o grupo de apoiadores, o presidente cantou o Hino Nacional, durante cerimônia de arreamento da Bandeira Brasileira, que ocorre todas as tardes, às 18h, no local.
Mais cedo, o presidente fez uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, nos jardins do Palácio da Alvorada, enquanto alimentava, com bananas, as emas que vivem no terreno da residência oficial. Mais uma vez, ele foi bicado por um deles, como ocorreu na semana passada. O momento foi registrado pela live.
Assista vídeo divulgado pelo portal Metrópoles:
Na live, após alimentar as emas, Bolsonaro fez um pequeno discurso no qual ressaltou seus posicionamentos pró-armamento, contra a lei das fake news que está sendo discutida no Congresso e pela reabertura do comércio, apesar da pandemia do novo coronavírus.
“Pandemia mata muita gente sim, mas, por outro lado, desemprego e queda da economia também leva à morte”, disse.
O presidente prometeu acompanhar, de longe, já que está com coronavírus, a cerimônia de recolhimento da bandeira nacional do Palácio da Alvorada no fim desta tarde.