Nesta terça-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que em novembro virou réu em uma ação de improbidade administrativa por uso indevido do cargo.
Vasques foi denunciado por pedir votos irregularmente para Bolsonaro durante a eleição presidencial. Além disso, também está sendo investigado pelas barreiras que a PRF criou nas rodovias para abordar ônibus com eleitores no segundo turno, o que desrespeitou as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e pela suspeita de omissão diante dos bloqueios ilegais feitos por bolsonaristas radicais que não se conformaram com o resultado da votação.
A exoneração do cargo de diretor-geral da PRF foi divulgada na edição desta terça-feira (20) do Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
O Ministério Público Federal (MPF) requisitou o afastamento de Silvinei alegando que ele se aproveitou do cargo, também foi apontado exemplos de campanha eleitoral, onde, segundo os procuradores, o diretor pediu votos para o presidente de maneira irregular.
A PRF informou, em nota, que o diretor-executivo Marco Antônio Territo de Barros liderará a organização até que o governo selecione um novo diretor-geral.
“O órgão aguarda a indicação do novo diretor-geral pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, seguindo o seu Planejamento Estratégico e as suas atribuições, por meio dos quais garante o trânsito seguro e a livre mobilidade nas rodovias federais”, diz parte do documento.