O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou suas ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apresentar os argumentos finais no processo que busca a cassação e a inelegibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro acusa Lula de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, baseado em um evento com artistas e intelectuais em São Paulo (SP), realizado no final do primeiro turno das eleições de 2022.
O evento, intitulado “Grande Ato Brasil da Esperança com Lula”, foi organizado pela primeira-dama Janja da Silva e contou com a participação de artistas de renome nacional e internacional. Entre os presentes estavam Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Emicida, Duda Beat e Johnny Hooker, além dos atores Vladimir Brichta, Júlia Lemmertz e Claudia Abreu. Durante o evento, diversos artistas subiram ao palco ou gravaram vídeos em apoio à candidatura de Lula.
Bolsonaro argumenta que o evento caracterizou-se como um showmício, prática proibida pela legislação eleitoral. A defesa do ex-presidente alega que tanto Lula quanto seu vice, Geraldo Alckmin, utilizaram o prestígio pessoal e artístico das celebridades presentes para atrair votos, especialmente do público jovem. Segundo Bolsonaro, o caráter de showmício ficou evidente quando os artistas cantaram o jingle da campanha de Lula, transformando o ato em uma “superlive” transmitida ao vivo pelas redes sociais do presidente, de Janja e outras páginas no YouTube, Instagram e Facebook.