Bolsonaro: ‘Se não tiver voto impresso em 2022, não tem eleição’

Bolsonaro/crédito: Reprodução Facebook

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente se referiu ao Brasil como “republiqueta” e disse que não haverá eleição caso o voto seja eletrônico.

“O Barroso é o dono do mundo, o homem da verdade. Se Jesus Cristo baixar na terra, ele vai ser boy do ministro Barroso. Ninguém mais aceita esse voto. Como vamos falar se o voto é preciso, é legal, é justo e não é fraudado”, afirmou o presidente, que recebeu o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

“A única republiqueta do mundo que aceita o voto é a nossa. Tem que ser mudado. Se o Parlamento aprovar, sendo 3/5 da Câmara e do Senado, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Se não tiver voto impresso, não tem eleição”, completou.

A hipótese é rechaçada por ministros do TSE, que condenam o alto custo da operação. Eles defendem a segurança do sistema eletrônico de votação.

Decreto

Bolsonaro voltou a falar em decreto federal para burlar as medidas restritivas adotada por governadores e prefeitos durante a pandemia da COVID-19.

“É realmente complicado viver nesse país, né? Ser criticado por um decreto que vai copiar o inciso do artigo 5º da constituição. Se for necessário, vamos fazer isso daí”, disse o presidente.

Bolsonaro chama CPI de ‘xaropada’ e comenta que comissão ‘bateu muito no Queiroga’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia de “xaropada” e comentou “bateu muito com o Queiroga”. Bolsonaro participou da transmissão nas redes sociais.

“Cloroquina, cloroquina. O presidente falou, fui tratado e ponto final. Falei com senadores. No mínimo 10 senadores usaram. Quando eu tenho problema de estômago sabe o que tomo? Coca-Cola. É problema meu, o bucho é meu. Talvez o meu bucho salvou da facada do Adélio. Podem dar porrada em mim. Na guerra do Pacífico colocavam água de coco, se fosse esperar comprovação. Estava com sintomas outro dia. Nunca vi ninguém morrer por tomar cloroquina. Canalha é quem não tem alternativa. Não tinha insumo e tínhamos que aumentar. Foi um sacrifício conseguir com a Índia. Conversei com o primeiro-ministro. Se fabricou no Exército. Gastou quanto? Fala quanto canalha”, questionou.

Bolsonaro ressaltou que existem senadores “bem intencionados” atuando na CPI. “Mas tem uns quatro, que sabem tudo. Se coloquem para resolver os problemas. Sei o que é CPI. Sabe qual a minha resposta, frase não mata ninguém. O que mata é desvio de dinheiro. Vamos investigar seu filho?”, disse o presidente direcionando o questionamento ao relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).