Grupos de caminhoneiros prometeram na noite deste sábado (16), após reunião no Rio de Janeiro, uma nova paralisação a partir de 1º de novembro caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo governo Bolsonaro, entre elas a queda do preço do diesel. No encontro, associações de motoristas decidiram declarar “estado de greve” de 15 dias. A informação foi divulgada pelo Uol.
Além da reivindicação da diminuição do preço do diesel, os caminhoneiros reivindicam também a “defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete” e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS. A greve não é apoiada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros).
Vídeos da reunião no Rio começaram a circular pelos aplicativos de mensagens na noite deste sábado.
“Ficou decidido que vamos dar 15 dias para o governo responder […] Se não houver resposta de forma concreta em cima dos direitos do caminhoneiro autônomo, dia 1º de novembro, Brasil todo parado aí.”, declarou Luciano Santos Carvalho, do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira).
Os grupos de caminhoneiros autônomos têm ensaiado novas paralisações desde o primeiro semestre, em meio a reivindicações de direitos para os motoristas independentes e diminuição do preço do diesel, vendido em média a R$ 4,961, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A categoria diz que busca propostas mais sólidas do presidente Jair Bolsonaro e que gerem efeitos práticos para os motoristas, conforme informou a colunista do UOL Carla Araújo. Segundo os caminhoneiros, a proposta do governo de lançar um programa de renovação de frota de caminhões é uma tentativa de driblar as reclamações da categoria.
A aprovação do projeto que altera a cobrança de ICMS dos combustíveis pela Câmara é vista com “bons olhos” pelos caminhoneiros.