A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados adiou a votação do projeto que prevê anistia para os presos pelos atos de vandalismo e invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A nova data para a análise do projeto está marcada para quarta-feira, 11 de setembro, após um intenso debate durante a sessão.
Durante a reunião, marcada por disputas e troca de acusações, os líderes de partidos realizaram manobras para assegurar o quórum. O adiamento foi considerado uma vitória pelos governistas, que se opõem ao projeto, que é controverso. A presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), confirmou que os governistas devem solicitar vista do projeto na próxima reunião.
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), foi responsável pela manobra que levou ao adiamento, pedindo o início da ordem do dia e encerrando os trabalhos nas comissões. O relator do projeto, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), apresentou um parecer que, após alterações, passou a incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro como beneficiário da anistia.
O relatório propõe anistia a todos os envolvidos em atos políticos entre 8 de janeiro e a vigência da futura lei, incluindo a revogação de multas e a manutenção dos direitos políticos.