A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) recebeu mais duas denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos. As novas investigações estão sob relatoria das conselheiras Caroline Proner e Vera Karam de Chueiri, e o caso será tratado sob sigilo até a sua conclusão, conforme determinação da Casa Civil, à qual a comissão é subordinada.
Essas novas denúncias somam-se a um processo anterior aberto pela comissão logo após a exoneração de Almeida em setembro. Na ocasião, a organização Me Too Brasil reuniu diversas denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro, citando dificuldades das vítimas em obter apoio dentro do governo.
Uma das vítimas do suposto assédio foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em depoimento à Polícia Federal, ela afirmou que as abordagens inadequadas por parte de Almeida começaram durante a transição de governo e, posteriormente, evoluíram para importunação física. Silvio Almeida nega todas as acusações, alegando se tratar de “denunciação caluniosa”.
Caso seja condenado, a pena aplicável a Almeida é a de censura ética, já que ele não ocupa mais um cargo público federal. A sanção ficará registrada por três anos em eventuais consultas funcionais.
