Conflito entre MST e Suzano: fazenda é desocupada na Bahia

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocupou, nesta terça-feira (7), uma fazenda da empresa Suzano Papel e Celulose que havia sido ocupada no município de Mucuri, no extremo sul da Bahia, na semana passada, após esperança judicial Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Segundo informações, a saída ocorreu de maneira pacífica e cerca de 80 famílias que estavam no local foram para um assentamento próximo da propriedade. A fazenda estava ocupada para denunciar a destruição ambiental e outros perigos da monocultura de eucalipto e também para cobrar um acordo firmado em 2015 envolvendo o assentamento de famílias que não teriam sido totalmente cumpridos, conforme alegação do MST.

A empresa Suzano, por outro lado, nega a acusação e diz que as invasões são ilegais. Outras duas áreas da empresa em Teixeira de Freitas e Caravelas, ambas na Bahia, que foram invadidas pelo grupo seguem ocupados. A Justiça já determinou a saída do MST dos locais, autorizando o uso da força policial se necessário.

O MST afirma que ainda não recebeu os ofícios com as determinações administrativas nas terras para dar início às desocupações, enquanto a Suzano diz que está aberto ao diálogo e que espera uma solução contrariada para o caso.

A ocupação de terras é uma prática recorrente do MST, que reivindica a reforma agrária e denuncia a concentração fundiária e a exploração de trabalhadores rurais. No entanto, o grupo tem enfrentado forte oposição de empresas e proprietários de terra, que alegam prejuízos sanitários e defendem a legalidade da propriedade privada.

É importante destacar que a ocupação de terras é uma questão complexa e controversa, envolvendo políticos, psicológicos, sociais e ambientais. O conflito entre o MST e a Suzano reflete a disputa por recursos naturais e pelo direito à terra, mas também evidencia a necessidade de se buscar soluções justas e estar atento para o uso e ocupação do solo.