Costa Neto diz que a invasão não representa Bolsonaro

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, condenou a invasão de apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro à Praça dos Três Poderes, em Brasília, neste domingo. Valdemar disse que o movimento não é representativo do partido e do ex-presidente.

Em vídeo, o presidente do PL disse que os acampamentos nas frentes dos quartéis eram exemplos de “educação, confiança e brasilidade”. Todavia, afirmou que os atos de violência ocorridos neste domingo (8) são uma “vergonha” e não tem o respaldo do PL.

“Todas as nossas ações posteriores às eleições, em frente aos quartéis, foram exemplos de educação, de confiança e de patriotismo. Lá, havia famílias que representavam o Bolsonaro e a direita. Todos os movimentos foram tranquilos e disciplinados. Esse movimento hoje de Brasília é uma vergonha para todos nós e não representa o partido. O que aconteceu não representa o ex-presidente Bolsonaro”, declarou Valdemar Costa Neto.

“A Polícia e a segurança têm que cumprir suas responsabilidades. Não apoiamos isso. Os nossos ideais são a pátria, a família e a liberdade. Apoiamos movimentos bons. Esse movimento de Brasília de hoje foi vergonhoso para todos nós, finalizou.

Ataque aos Três Poderes. 

Bolsonaristas invadiram o Congresso às 15h, após romper barreiras de segurança. Os manifestantes entraram no Salão Verde da Câmara dos Deputados, que dá acesso ao plenário. 

Então, os invasores rumaram ao Palácio do Planalto e vandalizaram vários ambientes da sede do Poder Executivo. Por último, os extremistas invadiram o STF. Quebraram os vidros da fachada e entraram no plenário.   

Antes do ataque  

O governo federal tomou conhecimento da organização do movimento e determinou o uso da Força Nacional na região. Na manhã de domingo, havia três ônibus de policiais na Esplanada. Mas não foi o bastante para conter a invasão dos bolsonaristas no prédio do Legislativo.

No fim de semana, diversos ônibus, vários carros e muitas pessoas chegaram à capital para a manifestação. O grupo, inicialmente, se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, que fica a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.

Posteriormente, os ativistas caminharam até a Esplanada dos Ministérios sob a proteção da Polícia Militar do Distrito Federal, desfilaram pelo Eixo Monumental.

Bloquearam o acesso das avenidas para carros. Mas não havia nenhum obstáculo para quem caminhasse ali.

A Polícia realizou buscas em pessoas que andavam a pé e queriam ir para a Esplanada durante o dia. Dois policiais militares faziam as revistas de bolsas e mochilas em cada ponto de pedestres. O objetivo era identificar objetos pontiagudos, como cacos de vidro e lâminas.

CONTRA LULA

Após o resultado das eleições, apoia dores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam quartéis em diferentes Estados brasileiros. Também houve manifestações em rodovias federais e, depois da posse de Luís Inácio Lula da Silva, promoveram ações ofensivas no centro de Brasília. Além disso, a Polícia encontrou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.