Brasília, 13 de dezembro – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, inicialmente programada para iniciar hoje no Senado, foi adiada para o próximo ano por solicitação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O adiamento segue o encontro de ontem (12/12) entre o presidente e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), no Palácio do Planalto.
A decisão de postergar a CPI, bem como a apresentação do plano de trabalho, visa acalmar as tensões políticas em Alagoas, especialmente entre os adversários Arthur Lira (PP-AL) e o grupo liderado por Calheiros. Fontes apontam que a reunião presidencial não resultou em acordos específicos, mas simbolizou um entendimento mútuo de trégua entre as partes.
Outro fator considerado na estratégia de adiamento é a cobertura midiática. Segundo avaliações do governo, o tema da mina da Braskem possivelmente perderá força na imprensa após o Carnaval de 2024. Este cálculo se alinha à preocupação de que a CPI possa impactar negativamente o governo e se converter em um cenário de confrontos políticos.
O portal Metrópoles informou que existe um receio por parte do governo de que a investigação sobre os acionistas da Braskem acabe por afetar a Petrobras, uma das principais acionistas da empresa. O temor é que a Petrobras sofra repercussões negativas no âmbito da CPI.