Os advogados da deputada federal cassada Flordelis dos Santos de Souza entraram com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), na tarde desta sexta-feira, para tentar impedir a decretação da prisão preventiva da pastora.
A defesa de Flordelis pede, no HC, que a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, seja impedida de dar qualquer decisão no processo até que seja julgado um pedido de excecção de suspeição feito pela defesa no mês passado no qual alegava que a magistrada não era parcial, por isso deveria ser julgada suspeita para atuar no caso.
O pedido foi feito pela defesa foi encaminhado à 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Nessa quinta-feira, o desembargador Celso Ferreira Filho, relator do pedido de exceção, negou o afastamento da juíza do caso e também o pedido para que o processo principal – no qual Flordelis é ré por ser mandante da morte do marido – seja suspenso. Os advogados tinham solicitado a suspensão do andamento da ação até o julgamento da exceção, que ainda será analisada pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal.
Nessa sexta-feira, o desembargador Celso Ferreira Filho determinou que o processo, que estava em 2ª instância, fosse remetido para a juíza do caso, Nearis, para que seja analisado um pedido de prisão preventiva de Flordelis feita pelo advogado Angelo Máximo.
Máximo representa o pai do pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis assassinado a tiros em junho de 2019. A deputada cassada é acusada de ser mandante do crime.
A defesa de Flordelis tenta impedir, no habeas corpus, que Nearis decida sobre o pedido de prisão, uma vez que sua imparcialidade está sendo questionada pela defesa. Os advogados deram entrada no pedido no STJ pouco depois das 14h desta sexta-feira.