Delação de Mauro Cid sacode Clã Bolsonaro

Riscos e apreensões no cenário político após delação premiada

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, teve sua delação premiada homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Enquanto o advogado de defesa de Jair e Michele Bolsonaro, Paulo Costa Bueno, garante que não há preocupação com o caso, fontes internas relatam um cenário de tensão.

Roseann Kennedy, colunista do Estadão, revela que um interlocutor próximo a Bolsonaro confirmou a expectativa de mais denúncias a serem reveladas, estendendo-se além do escândalo das joias. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também não esconde sua apreensão, especialmente com relação às futuras alianças do partido para as eleições municipais de 2024, sobretudo em São Paulo.

Além disso, há um receio entre os dirigentes do PL de que Jair Bolsonaro, antes considerado um cabo eleitoral influente, se torne um político “tóxico”, a ser evitado em palanques futuros.

Mauro Cid foi liberado sob medidas cautelares que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e limitações de movimentação. Sua delação faz parte do inquérito das milícias digitais, que investiga uma série de outras questões, incluindo vacinação e golpes.