Nesta segunda-feira, 23, os Estados Unidos alertaram que um cessar-fogo em Gaza favoreceria o grupo Hamas, considerado como uma organização terrorista. Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado americano, explicou a jornalistas que tal medida permitiria ao Hamas “descansar, reaparelhar e continuar a lançar ataques terroristas contra Israel”.
Paralelamente, a União Europeia considera a possibilidade de uma “pausa humanitária” nas hostilidades para facilitar a chegada de ajuda à região. O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, mostrou-se otimista quanto ao apoio dos líderes europeus a tal iniciativa.
EUA e UE em desacordo sobre cessar-fogo
Matthew Miller destacou a situação como “intolerável” para Israel, afirmando que o país tem o direito de se defender contra ataques contínuos em sua fronteira. “Pode-se entender perfeitamente porque é uma situação intolerável para Israel, como seria uma situação intolerável para qualquer país”, disse Miller.
Já a União Europeia busca um consenso sobre a necessidade de uma pausa humanitária, distinta de um cessar-fogo completo. Borrell ressaltou que tal pausa seria necessária para que a ajuda humanitária pudesse entrar em Gaza sem riscos de ser afetada pela ação bélica contínua.
Reunião do Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança das Nações Unidas voltará a se reunir na próxima quinta-feira, 26, para debater o conflito em andamento. Na última quarta-feira, 18, o conselho rejeitou uma resolução proposta pelo Brasil, com os Estados Unidos votando contra a medida, alegando que ela não fazia menção ao direito de Israel se defender.
Até o momento, o conflito já deixou pelo menos 6.000 mortos, sendo 5.087 na Faixa de Gaza e 1.400 em Israel.
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