Dados recentes do Banco Central mostram que até o final de setembro, os brasileiros deixaram de sacar R$ 8,53 bilhões em valores esquecidos no sistema financeiro. O Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 8,35 bilhões de um total de R$ 16,88 bilhões que as instituições financeiras disponibilizaram.
A partir de 16 de outubro, os valores não retirados foram transferidos para o Tesouro Nacional e um edital com novas regras de saque será lançado em breve. Se não forem requeridos nos próximos 25 anos, esses recursos se juntarão ao patrimônio da União.
As informações do SVR são divulgadas com dois meses de atraso, e os dados de outubro, que mostram a última atualização antes do repasse ao Tesouro, estarão disponíveis em 6 de dezembro.
Até o momento, 24.674.462 correntistas resgataram seus valores, o que equivale a apenas 35,3% dos 69.918.333 correntistas que têm direito ao resgate desde fevereiro de 2022. Entre os que realizaram o saque, 22.773.593 são pessoas físicas e 1.900.869 são empresas.
No entanto, 41.593.288 pessoas físicas e 3.650.583 jurídicas ainda não solicitaram seus recursos. A maioria dos não resgatadores tem direito a valores pequenos; 63,52% têm direito a até R$ 10. Valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,67% dos beneficiários, enquanto apenas 1,83% têm direito a mais de R$ 1 mil.
O SVR reabriu em março de 2023, após um período de quase um ano fora do ar, trazendo novas opções e a possibilidade de resgatar valores de falecidos. Em setembro, os brasileiros retiraram R$ 395 milhões, um aumento em relação a agosto, quando foram resgatados R$ 255 milhões. Esse aumento foi impulsionado pela aprovação de uma lei que permitiu a transferência de valores ao Tesouro Nacional para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027.
Os R$ 8,5 bilhões se somarão aos R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo.