Na noite desta sexta-feira (3/3), o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou, na noite de sexta-feira (3/3), que solicitará à Polícia Federal que investigue a tentativa do governo de Jair Messias Bolsonaro (PL) de trazer, de forma ilegal, joias, avaliadas em R$ 16, 5 milhões, do exterior, que haviam sido doadas à então primeira-dama. Dino apontou que o caso pode configurar crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, dentre outras infrações possíveis. Segundo ele, os acontecimentos serão apresentados à Polícia Federal na próxima segunda-feira (6/3)
Fatos relativos a joias, que podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos, serão levados ao conhecimento oficial da Polícia Federal para providências legais. Ofício seguirá na segunda-feira.
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) March 4, 2023
Os presentes ilegais vieram do governo da Arábia Saudita para Michelle, que visitou o país em outubro de 2021.
São anéis, colares, relógios e brincos de diamante. Os itens foram aprendidas no alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na bolsa de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia.
Quando Bento descobriu que as joias haviam sido apreendidas, foi à alfândega e tentou usar o seu cargo para liberar os diamantes. Um dos argumentos do ex-ministro era que o objeto era um mimo do governo saudita para Michelle Bolsonaro.
De acordo com a legislação brasileira, todo bem com valor superior a US$ 1 mil deve ser declarado à Receita Federal. Sendo assim, o agente da organização reteve os diamantes.
O governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, por meio dos ministérios da Economia, Minas e Energia, bem como o Ministério das Relações Exteriores.
Em uma das três ocasiões em que houve a necessidade de recuperar os objetos, após a saída de Bolsonaro do governo, um servidor público usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se locomover até Guarulhos. O homem identificou-se como “Jairo da Silva”, sargento da Marinha, e disse que nenhum objeto do governo anterior deveria ser deixado para o seguinte.
Bolsonaro enviou um ofício ao gabinete da Receita Federal solicitando que as joias fossem doadas à Presidência da República.