A recente publicação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), liderado por Guilherme Boulos, membro do PSOL, gerou uma onda de críticas por parte de políticos de direita. A postagem controversa exibia uma imagem de Jesus Cristo crucificado, acompanhada de uma frase que fazia uma comparação com bandidos, provocando reações acaloradas, especialmente em um período significativo para os cristãos.
Ricardo Nunes (MDB), prefeito e notório opositor de Boulos, expressou sua indignação no X, anteriormente conhecido como Twitter, enfatizando o impacto emocional da publicação. Nunes, que frequentemente associa Boulos à extrema esquerda, aproveitou a oportunidade para reiterar críticas à estratégia do MTST de ocupar propriedades como forma de pressionar por políticas de moradia popular.
Boulos defende o movimento, argumentando que a intenção não é invadir, mas sim fornecer moradia para quem precisa. Ele sugere que, se eleito, sua política habitacional poderia mitigar a necessidade de ocupações, abordando tanto as questões sociais quanto as falhas nas respostas do poder público municipal às necessidades habitacionais.
Kim Kataguiri (União) e Marina Helena (Novo), também críticos de Boulos, questionaram a adequação de sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, destacando a publicação como uma ofensa aos valores cristãos em um dia de importância religiosa. O MTST tentou esclarecer a intenção por trás da postagem, referindo-se a uma passagem bíblica para justificar a comparação, mas isso não amenizou as críticas.
Aliados de Jair Bolsonaro, como Fábio Wajngarten e Nikolas Ferreira, além de Ciro Nogueira, presidente do PP, também expressaram desaprovação, considerando a ação do MTST como um ataque à fé cristã e questionando a capacidade de Boulos para liderar a cidade de São Paulo. Eles enfatizaram o desrespeito implícito na comparação de Jesus com um bandido, especialmente durante a Páscoa, uma época sagrada para os cristãos.
A equipe de comunicação de Boulos foi contatada para comentar sobre a publicação e as críticas recebidas, mas até o momento da reportagem, não houve resposta oficial.