No recente desenvolvimento do caso envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, negou veementemente qualquer envolvimento no crime. Em entrevista concedida ao jornal O Globo, Brazão reagiu às acusações do ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa, que, em delação premiada, apontou-o como mandante do assassinato.
Brazão desafiou as autoridades a apresentarem provas que o vinculem ao crime, enfatizando que já foi objeto de investigações conduzidas pela Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público, sem que nenhum elemento incriminatório fosse encontrado contra ele. O conselheiro destacou sua tranquilidade desde que tomou conhecimento das acusações feitas por Lessa, divulgadas inicialmente no blog do colunista Lauro Jardim.
Questionado sobre a possibilidade de ter sido apontado como mandante do crime, Brazão sugeriu que Lessa poderia estar tentando proteger um terceiro indivíduo. Ele instigou a polícia a investigar quem seria essa pessoa, reiterando que nunca teve contato com Marielle Franco, Anderson Gomes (o motorista também morto no ataque), Lessa ou Élcio de Queiroz (outro acusado de participar da emboscada).
“Lessa deve estar querendo proteger alguém. A polícia tem que descobrir quem. Nunca fui apresentado à Marielle, ao Anderson, nem tampouco à Lessa e ao Élcio de Queiroz. Jamais estive com eles. Não tenho meu nome envolvido com milicianos. A PF não irá participar de uma armação dessas, porque tudo que se fala numa delação tem que ser confirmado”, declarou.
Além disso, o conselheiro expressou sua insatisfação por não ter acesso à segunda parte das investigações do caso Marielle, ressaltando sua disposição para colaborar com as autoridades. Ele também mencionou o desgaste pessoal e familiar causado pelas alegações, destacando o sofrimento de sua família diante da situação. Brazão continua a aguardar os desdobramentos das investigações, mantendo sua posição de inocência e desafiando a validade das acusações feitas por Ronnie Lessa.