De acordo com dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral (OVPE) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o Brasil registrou 455 casos de violência contra lideranças políticas entre janeiro e 16 de setembro de 2024. Os números foram divulgados pela GloboNews.
São Paulo lidera o ranking de estados com mais registros, contabilizando 29 casos, seguido pelo Rio de Janeiro com 20 e o Piauí com 14. Bahia e Ceará aparecem com 13 casos cada, seguidos da Paraíba, com 12 casos de violência política.
Na Bahia, um dos casos mais recentes envolveu Joanice Alves da Silva, candidata à prefeitura de Itapitanga pelo PSD, que teve seu carro alvejado por tiros na BR-030 durante uma viagem. O senador Otto Alencar, presidente do PSD, solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Estado que acompanhasse o caso.
Pedro Bahia, pesquisador da OVPE, afirmou que os números já superam os das eleições de 2022 e 2020 e que a tendência é de aumento à medida que o período eleitoral se intensifica. Segundo ele, os últimos dias antes das eleições são os mais críticos, devido à maior exposição pública dos candidatos.
A pesquisa também revela que, entre julho e 16 de setembro, foram contabilizados 173 casos de violência política, incluindo 94 casos de violência física, dos quais 15 foram homicídios. O levantamento ainda apontou 49 casos de violência psicológica, 19 de violência econômica e 11 de violência simbólica.
Na última terça-feira, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, acionou a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) para intensificar as ações contra a violência política no país.