Em dia de votação da Previdência, Bolsonaro vai à Câmara participar de culto evangélico

Em meio à expectativa de votação da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro foi à Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira (10) participar de um culto evangélico.

O culto é organizado semanalmente pela Frente Parlamentar Evangélica, mas geralmente ocorre em um plenário de comissão. Desta vez, foi realizado no Auditório Nereu Ramos, o maior da Casa legislativa.

Em um discurso durante a solenidade, Bolsonaro afirmou que terá direito a indicar dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e que “um deles será terrivelmente evangélico”.

Bolsonaro é católico, mas a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é evangélica. Na campanha eleitoral, ele contou com o apoio de grupos evangélicos e, desde que assumiu, vai com frequência a eventos evangélicos. Ele foi o primeiro presidente a participar da Marcha para Jesus, em São Paulo.

Durante a celebração, Bolsonaro recebeu uma bênção do primeiro-vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), que é da Igreja Universal e celebrou a parte do culto em que foram distribuídos pedaços de pães e suco de uva aos presentes.

Ao chegar pela Chapelaria, que é a entrada principal do Congresso Nacional, Bolsonaro foi recebido por alguns parlamentares, entre eles o Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), que se tornou nos últimos tempos um interlocutor próximo.

O presidente foi acompanhado por um grupo de ministros, incluindo o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o titular da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, empossado recentemente.

Evangélico, Ramos foi o primeiro a falar durante o culto. Ele lembrou que Bolsonaro chegou a questionar se já não era hora de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter um ministro evangélico e brincou dizendo que ele havia, então, escolhido evangélico para ser responsável pela articulação política.

Ramos pediu para que os presentes não se deixem levar pelas diferenças para que o país consiga superar as dificuldades. Ramos disse que assumiu um posto no ministério de Bolsonaro por um “propósito de Deus”.

“Eu sou servo do senhor Jesus, glorifico a Deus, todos os meus dias ajoelho e peço a ele que me dê a sabedoria de Salomão, me dê a capacidade de gerenciar e de articulação de José do Egito e a intrepidez e a força de um guerreiro que foi Davi”, declarou.

A agenda de Bolsonaro na Câmara inclui ainda uma sessão solene no plenário principal da Câmara em homenagem aos 42 anos da Igreja Universal.

Deputados tentam concluir nesta quarta (10) votação em 1º turno da reforma da Previdência.