PAULO AFONSO – A vereadora apurou detalhadamente o processo de licitação para os festejos juninos do município e concluiu, em resumo, que foram empenhados quase 5 milhões de reais entre estrutura e contratação de atrações musicais, para um retorno pífio.
“Eu já falei e vou repetir porque se trata de dinheiro público, não é recurso do prefeito nem do secretário, então carece de lisura no processo. Houve os festejos no fim de semana e, agora, nesse momento, acontece a licitação. Isso é um absurdo”, enfatizou Evinha (Solidariedade).
Evinha insistiu que a prefeitura mentiu sobre já ter licitado, em outra ocasião, a estrutura montada. “Acho que quiseram fazer com o líder o que, em regra, fazem com a população, afirmando que tinha algo feito, sendo que não tinha”, rebateu a vereadora, referindo-se aos argumentos da liderança de governo.
Para começo de conversa, a licitação para decoração, que avisaram já ter sido feita anteriormente, custaria 260 mil reais. Porém, a licitação real, que aconteceu hoje, sofreu uma considerável alteração e ficou mais que o dobro: 570 mil reais, além dos 1,7 milhão (um milhão e setecentos mil reais) para a estrutura.
Ou seja, diferente do resto do Brasil, onde as prefeituras observam a lei, em Paulo Afonso as licitações ocorrem depois das festas. Evinha apontou distorções desde a quantidade de microfones até o tamanho do palco e dos toldos usados no evento junino.
“Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso consegue perceber que as coisas não batem. O painel de LED cuja licitação acontece agora é de 100 metros, mas a prefeitura diz [referindo-se ao contrato que não existiu] que é de 50 metros, ou seja, não cabe, não atende”, acrescentou Evinha.
A vereadora ainda revelou desajustes em relação à iluminação, camarim e banheiros químicos para atender pessoas com deficiência. “Tudo estava contido em um contrato que nos explicaram ter sido feito no ano passado. Então, a pergunta é: por que estão fazendo outra licitação agora, depois da festa?”, questiona mais uma vez a vereadora.
Por assessoria parlamentar/Evinha Oliveira.