Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, expressou receio de ser parado pelas autoridades de fronteira ao regressar ao Brasil vindo dos Estados Unidos. O motivo: a posse do “kit ouro branco”, um valioso conjunto de joias que compõe o acervo presidencial e que, conforme informações, foi comercializado de forma ilegítima nos EUA por colaboradores próximos a Bolsonaro.
Segundo mensagens obtidas pela Polícia Federal, Cid entrou em contato com Osmar Crivellatti, assessor de Bolsonaro, buscando o cadastro oficial das joias, como uma forma de comprovação caso fosse abordado no aeroporto. Contudo, em uma reviravolta, Crivellatti, como mostram os registros, não conseguiu localizar o documento em questão.
O “kit ouro branco”, presente recebido por Jair Bolsonaro de autoridades sauditas, é composto por um anel, abotoaduras e um rosário islâmico. Além destas peças, o Rolex Day-Date 18946, também integrante do conjunto e anteriormente vendido de forma ilegal, havia sido readquirido pelo advogado Frederick Wassef.
Em contexto, Cid e Wassef embarcaram para os Estados Unidos após a mídia divulgar a ausência das mencionadas joias no acervo da Presidência da República, levantando suspeitas sobre sua venda indevida. Com o retorno bem-sucedido ao país no dia 28 de março, o “kit ouro branco” foi entregue em uma agência da Caixa Econômica Federal em 4 de abril.