Escândalo em Jeremoabo: Prefeito Deri do Paloma enfrenta CPI

Investigação sobre contratos suspeitos marca política em Jeremoabo, Bahia

Prefeito Deri do Paloma - Crédito: Redes sociais

JEREMOABO – A prefeitura de Jeremoabo, sob o comando de Derisvaldo José dos Santos, conhecido como Deri do Paloma (PP), está no centro de uma investigação política. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada para apurar as alegações de que o prefeito teria beneficiado seu sobrinho, Matheus Fernandes dos Santos, em contratos com a prefeitura.

A CPI foi instalada na terça-feira (6), após a aprovação de mais de um terço dos vereadores do município. Na sequência, a Câmara elegeu Dr. Sidney Macêdo (Republicanos) como presidente da comissão, Jairo do Sertão (PP) como vice-presidente e Neguinho de Lié (PSD) como relator.

A proposta para a CPI foi protocolada em 23 de maio, com assinaturas de cinco vereadores: Antônio Chaves (PSD), Bino (PSD), Eriks de João Ferreira (PP), Dedé de Manoel de Pedrinho (PSD) e o presidente da Câmara, Kaká de Sonso (PSD).

O cerne da investigação

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) já havia determinado, em 22 de maio, a quebra do sigilo bancário de Deri do Paloma em função das mesmas alegações. O prefeito está sendo investigado pela Polícia Civil por possível celebração de contratos fraudulentos com as empresas de seu sobrinho.

Desde 2019, de acordo com a acusação, os contratos entre a prefeitura e as empresas de Matheus ultrapassam os R$ 3 milhões. As empresas envolvidas são Matheus Fernandes dos Santos – Peças e Acessórios, Adélio dos Santos Oliveira, e Lider Peças e Serviços para Veículos Automotores Eireli. Suspeita-se que as duas últimas sejam “laranjas”, com Matheus como o verdadeiro proprietário. A Lider Peças e Serviços, curiosamente, está registrada em nome de Geisa Cammila Pereira dos Santos, irmã de Matheus.

Desdobramentos da investigação

A quebra de sigilo também alcança Alessandra Teixeira Ferreira, secretária de educação do município; Matheus Fernandes dos Santos; Adélio dos Santos Oliveira; e Geisa Cammila Pereira dos Santos. Em 2018, segundo a denúncia, houve um aumento de 43% nos gastos com a empresa de Matheus em relação ao semestre anterior.

Questionado sobre a CPI, o prefeito Deri do Paloma afirmou que não tem medo das investigações e que a justiça final está nas mãos de “Deus”. “Quem estiver errado vai ter de pagar. Eu não tenho opinião sobre essa CPI. Quem vai decidir se é justo ou não é Deus”, declarou o prefeito.

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