Um estudo realizado pelo Instituto Quaest em 2023 entrevistou 2 mil pessoas em todo o país, classificando-as em três grupos de acordo com a renda familiar: classe baixa, média e alta. A pesquisa mostrou a diversidade nas preferências políticas conforme o nível socioeconômico.
Na classe baixa, 28% dos entrevistados se declararam Lulistas/Petistas, 11% se posicionaram à esquerda sem vínculo com o PT, 31% não tiveram definição e, entre os que se identificaram com a direita, 14% não eram bolsonaristas e 9% se disseram Bolsonaristas. Já na classe média, 16% eram Lulistas/Petistas, 15% identificaram-se como parte da esquerda sem relação ao PT, 32% não apresentaram posicionamento definido, enquanto 22% se posicionaram à direita sem ligação com Bolsonaro e 12% se declararam Bolsonaristas. No grupo da classe alta, o apoio a Lula foi de 12%, os bolsonaristas representaram 14% e 29% se posicionaram à direita, com 27% sem definição política.
A pesquisa revelou também que as preocupações variavam conforme a condição econômica: as classes baixa e média temeram mais a violência, enquanto a classe alta demonstrou maior inquietação com a corrupção. Esses resultados evidenciaram diferenças marcantes no cenário político brasileiro em função da renda familiar.