Anderson Torres, ex-ministro envolvido nos eventos golpistas que causaram a destruição da Praça dos Três Poderes e detido desde 14 de janeiro, tem dificultado a investigação da Polícia Federal (PF) ao entregar senhas inválidas para acesso às informações na nuvem de seu celular. O aparelho em questão é o mesmo que Torres afirmou ter perdido durante uma viagem aos Estados Unidos.
No momento dos eventos, Torres exercia o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, sendo responsável pela Polícia Militar. Além de deter Torres, a PF realizou buscas em sua casa e encontrou um projeto de decreto com intenção de anular o resultado das eleições.
Recentemente, a defesa de Torres solicitou sua soltura ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o ex-ministro corre risco de suicídio. A justificativa do pedido de habeas corpus se baseia em um laudo médico emitido por uma psiquiatra da rede pública, que sugere a internação domiciliar de Torres para controlar suas crises emocionais e prevenir tentativas de suicídio.
Segundo a defesa, Torres enfrenta dificuldades desde sua prisão, incluindo a perda de 12 kg, o abandono de um curso de eletricista e um quadro de apatia e tristeza. A situação emocional do ex-ministro já havia sido relatada ao STF pelos advogados, destacando que ele “chora constantemente” e está profundamente triste por não ter contato com suas filhas desde sua detenção.
O fornecimento de senhas incorretas para acesso à nuvem do celular de Torres levanta suspeitas sobre a possível ocultação de informações relevantes para as investigações. A PF e o Ministério Público continuarão a apurar o caso e buscar meios legais para acessar os dados do ex-ministro.
O STF, por sua vez, avaliará o pedido de habeas corpus e as alegações de risco de suicídio apresentadas pela defesa de Anderson Torres. O Portal de Notícias ChicoSabeTudo manterá o público informado sobre os desdobramentos deste caso e o avanço das investigações.