Ex-vereador Gabriel Monteiro enfrenta nova denúncia por perseguição e desacato

O Ministério Público do Rio acusa o ex-vereador Gabriel Monteiro de perseguir e desacatar o ex-comandante da PM, Íbis Silva Pereira.

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o ex-vereador Gabriel Monteiro por perseguição e desacato a superior contra o ex-comandante da Polícia Militar Íbis Silva Pereira. Monteiro, que atualmente está preso por acusações de crimes sexuais, é acusado de perseguir e desacatar o coronel entre outubro de 2019 e janeiro de 2020.

Denúncia do Ministério Público

Segundo a Promotoria, Monteiro, candidato à Câmara Municipal do Rio na época, seguia Pereira para gravá-lo. Os vídeos eram posteriormente divulgados em suas redes sociais. A denúncia inclui situações em que Monteiro, câmera em punho, pressionava o ex-comandante e fazia insinuações de que Pereira estava envolvido com o crime organizado.

A primeira ocorrência de desacato foi em 23 de outubro de 2019, quando Monteiro se passou por um estudante interessado em discutir um trabalho acadêmico com Pereira. Ao chegar no local combinado, na frente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Pereira encontrou Monteiro acompanhado por duas outras pessoas, iniciando a gravação e questionando o coronel sobre supostas ligações com o crime organizado.

O Ministério Público afirma que Monteiro repetiu essa tática em duas outras ocasiões, perseguindo Pereira no interior da Alerj e no Fórum de Jacarepaguá. Neste último local, Monteiro continuou a filmar e questionar Pereira, mesmo após ser proibido pelo magistrado titular do Fórum.

As penas para desacato a superior e perseguição podem chegar a quatro e dois anos de reclusão, respectivamente.

Outras acusações e ações judiciais

Gabriel está preso desde novembro, acusado de praticar sexo com uma adolescente e forjar vídeos para seu canal no YouTube. Ele também enfrenta acusações de assédio e importunação sexual contra uma ex-assessora de seu gabinete. Em agosto, Monteiro teve seu mandato de vereador cassado por 48 votos a 2 por quebra de decoro parlamentar.

Monteiro está preso na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio, desde 9 de novembro, quando foi transferido.

O ex-vereador responde a duas ações na Justiça. Na primeira, ele é réu no caso de gravação de um vídeo íntimo com uma adolescente de 15 anos, cujo material foi vazado no Twitter e em grupos de WhatsApp. No segundo processo, responde à acusação de assédio e importunação sexual contra uma ex-assessora de seu gabinete.

Esta reportagem será atualizada conforme novas informações se tornem disponíveis.