“Na direção certa!” é a frase que ecoa nos corredores dos principais bancos privados do Brasil quando se trata da política econômica do governo Lula. Sob a liderança astuta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a trajetória da economia brasileira parece promissora para os líderes bancários, como o influente presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy.
Com a implantação de reformas fiscais e tributárias, o governo tem alavancado um ambiente de otimismo, crucial para reativar a economia. No entanto, nem tudo são flores. Os bancos manifestam preocupação sobre propostas de mudanças na segunda etapa da reforma tributária, particularmente em relação aos impostos sobre a renda.
A economia teve seus altos e baixos, com o BC (Banco Central) tomando medidas tempestivas ao elevar os juros em 2021. Essa decisão, junto com as estratégias econômicas implementadas, proporcionou as condições ideais para uma subsequente queda na taxa Selic, conforme destaca Maluhy. A colaboração entre o Ministério da Fazenda e o BC demonstra uma visão voltada para o futuro da economia brasileira.
Mario Leão, presidente do Santander Brasil, ecoa sentimentos semelhantes, destacando a recente elevação da nota de crédito do Brasil pela Fitch. Ele também menciona a consolidação da agenda fiscal como um fator contribuinte.
As recentes decisões do Copom, como a redução dos juros básicos para 13,25%, são vistas pelos bancos como sinais positivos para o crescimento dos negócios. Na verdade, a demanda por crédito mostra sinais de revitalização, especialmente entre empresas de médio e grande porte.
Entretanto, o governo enfrenta oposição no que diz respeito à extinção dos JCP (juros sobre capital próprio). Esta é uma ferramenta valiosa para as empresas, em vigor desde 1995, após o Plano Real. O seu desaparecimento pode levar a complicações tributárias, especialmente para os bancos, que já possuem regulamentações rigorosas.
No geral, os bancos parecem esperançosos com as direções que a política econômica está tomando, mas também permanecem vigilantes, buscando sempre o melhor para o setor financeiro. Como Lazari Junior, presidente do Bradesco, coloca: “A interlocução com o governo tem sido bastante positiva”.