A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal deflagrou nesta terça-feira (14), a Operação Politéia na Bahia e em outros estados. As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos. Em Salvador, um dos alvos foi o gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mario Negromonte. Ainda de acordo com informações, policiais federais também estariam em frente ao prédio em que mora o conselheiro no Alto Itaigara.
De acordo com a PF, estão sendo cumpridos 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato.
{relacionadas}Os mandados, que foram expedidos pelos ministros Teori Zawascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (12), bem como nos estados da Bahia (11), Pernambuco (8), Alagoas (7), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5) e São Paulo (5). Cerca de 250 policiais federais participam da ação.
As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.
Foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa. Os investigados, na medida de suas participações, respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude a licitação, organização criminosa, entre outros.
O ex-deputado e ex-presidente do Partido Progressista (PP) foi denunciado pelo delator Alberto Yousseff, no processo que investiga corrupção na Petrobras, a Operação Lava Jato. Considerado o segundo maior caso de corrupção do mundo, o esquema de corrupção na Petrobras foi identificada através da operação Lava Jato.
Em uma das delações, Alberto Yousseff afirma que Mário Negromonte passou a “se autofavorecer mediante a apropriação em seu próprio favor, a maior, dos valores”, repassados através do esquema de corrupção. O delator afirma que em uma única operação foram repassados R$ 5,5 milhões para Negromonte. Ele também declara que o conselheiro do TCM/BA era um dos líderes políticos da corrupção, sendo responsável pela extensão política do esquema, junto ao PP.